Para que um homem vasectomizado possa ser pai novamente, existem duas possibilidades: a reversão cirúrgica da vasectomia ou a fertilização in vitro com extração cirúrgica de espermatozóides dos epidídimos.
A opção pela cirurgia de reversão depende do tempo de vasectomia: quanto maior o tempo, menor a taxa de gravidez. Também está claro que, quando se opta pela reversão, está se pensando em gravidez natural. Para isso, existe necessidade absoluta de avaliação da mulher, para se conhecer o seu potencial para a gravidez natural. Por exemplo, se a mulher tiver as duas tubas (trompas) obstruídas, de nada adianta reverter a vasectomia: nesse caso, será preferível realizar a fertilização in vitro. Outros fatores femininos como idade e valores hormonais, também influem na decisão de realizar a cirurgia de reversão de vasectomia.
A técnica empregada atualmente para a reversão da vasectomia exige conhecimento e muito treinamento de microcirurgia pelo médico cirurgião, utilizando fios cirúrgicos mais finos que um fio de cabelo, de difícil visualização a olho nu. Durante a cirurgia, examina-se a presença de espermatozoides do vaso deferente: se positiva, a presença de espermatozoides no ejaculado após a reversão chega a mais de 90%. Nos casos de reversão com apenas 3 anos de vasectomia, as taxas de gravidez passam de 80%, reduzindo progressivamente até 45% nos casos de mais de 15 anos. Atualmente tem-se realizado a reversão de vasectomia com sucesso em pacientes com mais de 20 anos de vasectomia, com boa recuperação do potencial masculino para gravidez natural.
As microcirurgias podem ser realizadas nos Hospitais São Paulo, Sírio Libanês Hospital Alemão Oswaldo Cruz.