1 em cada 6 adultos, em todo o mundo, sofre de infertilidade segundo a Organização Mundial da Saúde
São Paulo, junho de 2024 – Junho é o mês dedicado à conscientização sobre a infertilidade, um tema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 17,5% da população adulta global, ou seja, 1 em cada 6 pessoas, enfrenta desafios de infertilidade ao longo da vida.
As estatísticas revelam que a prevalência da infertilidade é consistente em diferentes regiões do mundo. Em países de alta renda, a prevalência ao longo da vida é de 17,8%, enquanto em países de baixa e média renda, essa taxa é de 16,5%. Isso demonstra que a infertilidade é uma questão global.
O Dr. Renato Fraietta, especialista em reprodução humana da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva (CPMR) e coordenador do Setor Integrado de Reprodução Humana da UNIFESP, explica que a infertilidade é uma doença do sistema reprodutor masculino ou feminino. De acordo com ele, ela é definida pela incapacidade de engravidar após 12 meses – ou mais – de relações sexuais regulares e desprotegidas.
Segundo o especialista, entre as principais causas femininas de infertilidade estão os distúrbios ovulatórios, como a síndrome dos ovários policísticos, endometriose, miomas, alterações na reserva ovariana e fatores tubários. No caso dos homens, a principal causa é a varicocele, uma dilatação das veias que drenam o sangue dos testículos, que pode prejudicar a produção e a qualidade dos espermatozoides.
“Para identificar a infertilidade é preciso verificar a ovulação, avaliar as tubas uterinas e a reserva ovariana, além de investigar a presença de endometriose. Do lado masculino, o espermograma é o exame fundamental e, dependendo das características clínicas, podem ser necessários exames adicionais”, destaca o Dr. Renato Fraietta.
Tratamento
O conhecimento da causa, segundo Fraietta, permite o tratamento adequado da infertilidade, que pode incluir relação sexual programada, inseminação intrauterina, fertilização In vitro ou intervenções cirúrgicas. Ele também aponta que, além dos procedimentos médicos, manter hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, redução do estresse e controle adequado do sono, são fundamentais para aqueles que planejam engravidar.
“Ao enfrentar dificuldades para conceber, é essencial procurar um especialista o mais cedo possível. Este mês é uma oportunidade para aumentar a conscientização e apoiar aqueles que enfrentam a infertilidade”, conclui o especialista.