Se um dos elementos do casal é portador de vírus HIV ou hepatite C, existe possibilidade de contaminação do outro elemento e também do filho, este durante a gestação. No entanto, é possível a reprodução de modo seguro, com auxílio de equipe multidisciplinar (infectologistas, obstetras, urologistas, médicos especialistas em Reprodução Humana, enfermagem) associada a técnicas de reprodução assistida.
Se a mulher é soropositiva, deve estar clínica e laboratorialmente apta para engravidar, atestado pelo infectologista. Sendo o homem o parceiro não portador, se apresentar sêmen compatível, pode ser realizada a inseminação intrauterina ou fertilização in vitro, conforme o diagnóstico da mulher. No caso do parceiro não portador ser mulher, então será utilizado sêmen de banco de sêmen, para os mesmos procedimentos.
Quando somente o homem é soropositivo, deve, da mesma forma, estar clinica e laboratorialmente apto à reprodução, atestado pelo infectologista. Nesse caso, sendo o parceiro não portador mulher, a técnica que oferece o menor risco de transmissão é a fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática de gametas (ICSI), após dupla lavagem de sêmen. Se o parceiro não portador for homem, deverá ser escolhida uma mulher doadora de óvulos e receptora dos embriões, utilizando-se a mesma técnica.
Evidentemente, durante e após a gravidez, há necessidade de acompanhamento constante do infectologista.