Com alta demanda, a expectativa é que sejam movimentados mais de R$3 bilhões nos próximos anos
A medicina reprodutiva tem ajudado cada vez mais no tratamento de casais inférteis, por meio das técnicas de reprodução assistida, como a FIV – Fertilização In Vitro e a Inseminação Artificial, realizando o sonho do casal de ter um filho. Além disso, as técnicas também podem ser realizadas por pais ou mães solo, casais homoafetivos e para preservar a fertilidade, o que vem fazendo com que o setor tenha uma ascensão no país.
Conforme dados do SisEmbrio – Sistemas Nacional de Produção de Embriões, da Anvisa, no último ano 97.312 embriões foram congelados no Brasil. “Este aumento pode estar diretamente relacionado à opção das pessoas em ter filhos mais tarde, por conta da sua vida profissional, assim, procuram métodos de preservar a fertilidade para realizar esse sonho em alguns anos”, comentou o Dr. Renato Fraietta, especialista em Reprodução Humana na CPMR – Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva e coordenador do Setor Integrado de Reprodução Humana da Unifesp.
Neste cenário, o setor de medicina reprodutiva no país irá crescer aproximadamente 23% ao ano até 2026, movimentando mais de R$3 bilhões neste espaço de tempo, é o que indica um estudo feito pela Redirection International, empresa especializada em desenvolvimento corporativo. O Brasil ainda se destaca liderando a América Latina em procedimentos FIV, inseminação artificial e transferência de embriões, segundo dados da REDLARA – Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida.
O congelamento de embriões, procedimento que vem ficando cada vez mais em evidência no país, consiste em preservar a integridade e viabilidade para uso do mesmo no futuro. Os embriões são cultivados em laboratório por um curto período, até que chegue a fase adequada de desenvolvimento para o congelamento, que acontece em tanques de nitrogênio líquido a uma temperatura de aproximadamente -196°C.
Para Fraietta, além deste procedimento ser uma opção para pessoas que irão passar por um tratamento que possa afetar a fertilidade e para casais que por algum motivo queiram adiar a parentalidade, é preciso ter cuidado de quando o processo será concluído. “Temos que ter em vista que biologicamente o ideal é engravidar até os 35 anos de idade, depois disso a taxa de fertilidade da mulher começa a cair rapidamente. Passando dos 40 anos, além da baixa taxa de fertilidade, a mulher também corre o risco de complicações como diabetes gestacional e parto prematuro”, explicou. O setor de medicina reprodutiva ainda irá se desenvolver muito no país, por conta de sua grande procura, tratando casais inférteis, realizando procedimentos de gestação solo, em casais homoafetivos, sorodiscordantes, preservando a fertilidade e com cirurgias relacionadas. É sempre de grande importância realizar estes procedimentos com profissionais qualificados, e não ter apenas o acompanhamento físico, mas também mental.
Sobre a CPMR: A CPMR é uma clínica especializada em Reprodução Humana, com mais de 30 anos de experiência no tratamento do casal infértil. Todos os seus profissionais são oriundos da Escola Paulista de Medicina/UNIFESP, tendo participação ativa na capacitação e formação de grande parte dos profissionais em quase todo território nacional. https://www.cpmr.com.br